quinta-feira, 1 de outubro de 2015
Guerra Civil Síria
quinta-feira, 1 de outubro de 2015 by ATA advocacia
A guerra civil na Síria já levou à morte mais de
191.000 pessoas segundo estimativa da ONU, causando uma devastação nas vidas de
seus moradores, provocando um caos humanitário, fazendo com que mais de 2
milhões deixassem o país em busca de refúgio.
É muito dolorido o mundo assistir a tantas guerras,
tantas mortes, como está acontecendo na Síria. As pessoas tendo que abandonar suas casas, suas famílias, sair correndo
deixando tudo para trás e tentando viver em outros países desconhecidos, sem
saber falar o idioma, sem conhecer ninguém, dependendo da ajuda dos órgãos
públicos e por muitas vezes rejeitados e tratados com violência, como ocorrido
em diversos países que não aceitam receber os refugiados.
A guerra começou
quando o povo foi às ruas protestar por melhores condições de vida dentro do
país, tentando derrubar o presidente Baschar Al-Assad, acusado de corrupção e
nepotismo. Por sua vez, o presidente tem respondido a estes atos com violência
através das forças de segurança. Há inclusive denúncia de torturas contra
crianças, e que as crianças estão também sendo obrigadas a lutar, e que, além
disso, o presidente tem usado contra os manifestantes armas químicas, e isto
tem gerado ainda mais revolta a ponto de a população ter se aliado aos
Jihadistas (Estado Islâmico) e há informações de que contam com a ajuda da
Al-Qaeda, considerando que estes grupos tem também interesse em derrubar o presidente.
A ONU (Organizações das Nações Unidas)
tem tentado fazer mediação de acordo de paz, mas sem resultado.
É claro que os
conflitos que acontecem na Síria, na Turquia e tantos outros países podem ser
resolvidos por meio de diplomacia através de seus governantes, mas não
conseguem por questão política e de interesse, como aconteceu com a guerra do
Iraque e o interesse dos Estados Unidos, a Criméia, e o interesse estratégico
da Rússia. A guerra surge exatamente por questão política, e esta guerra passa
a ser um instrumento político que apela pelo uso da força, de armas poderosas
contra os mais fracos.
A guerra da Síria está longe de terminar, tendo em
vista que além de ter o apoio do Estado
Islâmico e outros grupos armados, tem a guarda nacional do governo apoiado
principalmente pela Rússia e pelo grupo libanês Hezbollah, entre tantos outros.
O grupo sunita que apoia os cívis na verdade é o Isis
(EI do Iraque) que são grupos armados radicais (EI) que se opunham ao governo do Al-Assad, mas ao mesmo tempo quer impor uma versão ultraconservadora
do islâmismo no país, e quem vai continuar sofrendo é o povo que sai do poder
de um governo opressor para cair no de um grupo terrorista. Como acontece
sempre, o povo é quem vai ficar na pior, foi o que vimos no Iraque, Líbia e
tantos outros países, que derruba um governo e o outro que chega é ainda pior.
A Rússia não tem interesse algum de ajudar o povo da
Síria e tampouco os Estados Unidos. Falta interesse político. A Rússia apoia o
Governo da Síria, até porque quer ali ter uma base militar, e os Estados Unidos, apesar de já ter tentado através da
diplomacia internacional conversar com
outros países para apoiar uma transição de poder, o plano não saiu do papel até
o momento. E lembrando que o Estado Islâsmico
(EI) é inimigo número um dos Americanos.
A comissão de inquérito da ONU afirma que a Síria
entrou em desgraça, que o país está completamente destruído, a guerra atingindo
os cívis, que são as principais vítimas, e por isso a fuga em grande massa do
povo.
No entanto, existem vários outros países em guerra com
seus cívis na mesma situação, o que chama atencão na Síria é o apoio do Estado
Islâmico, um grupo terrorista que vem assustando o mundo, que com seu apoio para
derrubar o governo vai obrigar os sírios a apoiar seu regime, que eu acho terrível.
Para os especialistas o Estado Islâmico é um projeto de Estado com armas sofisticadas,
uma ideologia totalitária de financiamento abundante.
O número de refugiados é enorme como todos nós temos
conhecimento. É assustador, pois, ao mesmo tempo em que todos querem ajuda-los,
há as dificuldades de receber estas pessoas nos países que elas migram, estes
acolhimentos podem também prejudicar os nacionais que também tem dificuldades
financeiras. O acolhimento de refugiados apresenta um encargo econômico muito
grande, e mais, se é um país que está com sua econômia desestabilizada, que
atravessa dificuldades, não será nada fácil. Por isso é que alguns países estão
se recusando recebê-los, como a Hungria, e tantos outros.
O refúgio tem
regras mundiais bem definidas, através da Convenção de Refugiados de 1951 e
possui regulamentação pelo organismo internacional ACNUR - Alto Comissariado
das Nações Unidas para os Refugiados, que estabelece a condição de refugiado, e
no Brasil a Lei 9.474 de 22 de julho de
1997 define a implementação do Estatuto dos Refugiados, que criou o Comitê Nacional para os Refugiados –
Conare, que são grandes instrumentos na
ajuda de todos os refugiados.
O Brasil é o país que mais recebeu refugiados sírios,
mesmo com todos os problemas que o país atravessa.
O Brasil tem tido também posição diplomática para solucionar os
conflitos no mundo, não concordando em reagir com mais guerras, o entendimento
é promover soluções políticas aos conflitos, só que nem sempre esta é a solução
como no caso da Síria, e de outros países onde há guerra cívil sem precedentes.
É certo que a guerra na Síria só vai acabar quando
derrubarem Baschar Al-Assad, e ter muito cuidado para o país não ficar sobre o dominio do Estado
Islâmico (EI) .
Para o grupo libanês Hezbollah, que é aliado da Rússia
e acredita que o Oriente médio corre o risco de uma divisão e não acredita no
fim da guerra, sendo que a Rússia
declarou que a guerra só terminaria mesmo com a permanencia de Baschar Al-Assad
no poder, apoiando o governo, é bem certo que ataquem a Síria contra os
rebeldes.
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