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    segunda-feira, 5 de agosto de 2013

    CRACK




    O CRACK.

    O aumento do uso de drogas no Brasil cresceu assustadoramente e estamos longe de ter um controle, principalmente do Crack. O Crack já é considerado uma questão de Saúde Pública.  O Ministro da Saúde Alexandre Padilha, apoiado pela Presidente Dilma, afirma que o país vive uma epidemia.
    O Crack é uma droga tão violenta que só de experimentar a pessoa torna-se dependente. É uma mistura de cocaína com bicarbonato de sódio, amônia e água destilada que é transformada em pedra, e estas pedras são queimadas pelo viciado e fumadas em um cachimbo.
    O trago da queima da pedra chega ao sistema nervoso dentro de segundos, provocando uma euforia maior que a da cocaína. Após o estado de euforia o viciado passa a ter depressão e se torna agressivo com seus familiares que tentam ajudá-lo. Como a depressão é muito forte e o efeito no organismo humano passa rápido, para se livrar do sofrimento do mal-estar o indivíduo torna a se drogar mais vezes e em quantidades maiores. O viciado costuma passar um a dois dias fumando o crack em grupo. Por ser uma droga mais barata, seu uso é muito maior entre os viciados. A droga pode também levar o usuário a ter alucinações e ilusão de perseguição, e o vicio pode levar a morte em vista das graves lesões cerebrais irreversíveis, segundo dados científicos.
    É comum que para sustentar o vício os viciados passem a praticar pequenos roubos dentro da própria casa, se submetem a prostituição e se põe a disposição dos traficantes, passando a fazer tráfico para custear o vício.
    Segundo informações do Departamento Estadual de Investigação sobre Narcótico
    (DENARC)  afirma-se que em 1992, dos 41 usuários de drogas 10% usavam Crack, só que hoje este número ultrapassa mais de 20% de jovens entre 15 a 25 anos, e que vem tanto de bairros periféricos como de bairros de classe média alta, e que 98% das cidades convivem com problemas de viciados na droga.
    E há informações de que quando o indivíduo passa a usar o crack ele já era usuário de outras drogas, passando a usar o crack por falta de dinheiro.
    O Crack não é um subproduto e sim uma forma impura da cocaína. Em muito os casos os indivíduos que se envolvem com esta droga não tem noção e nem conhecimento do perigo que ela oferece.  
    As Políticas Públicas de combate ao Crack pouco avançaram, o governo Federal levou muito tempo para implantar uma política de saúde pública com resultados a curto prazo. Só no ano 2000 é que o governo Federal começou a investir em política pública para o combate às drogas.
    O tratamento como terapia e medicação costumam ser caros, mas são necessários para controlar a ansiedade e depressão do usuário, podendo inclusive levar meses, e para ter um resultado satisfatório o usuário precisa ser internado com acompanhamento médico.  
    A abstinência física aparece nos primeiros dias que o viciado deixa de usar a droga. É nesta hora que a família deverá encaminhá-lo para tratamento, acontece que o estado em muitas vezes não tem vaga para uma internação imediata em hospital Público que tenha condições de atendimento.
    O governo credenciou algumas comunidades terapêuticas para tratamento, são 683 vagas de acolhimento para viciados, e estas comunidades recebem mensalmente do governo R$ 1 mil por vagas. Porém, nem todas estão em condições de atender a estes pacientes por faltar inclusive apoio técnico, algumas não tem alvará de autorização para funcionamento e outras passam por problemas financeiros. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Resolução 29/2011, o estabelecimento para funcionar, ou seja (as comunidades terapêuticas) tem que ter técnico responsável, fichas individuais físicas e recreativas, atividades e estudo de profissionalização, tudo isto é importante para o tratamento do viciado.
    Além disso, as comunidades ainda são insuficientes, não existem vagas e o governo precisará convocar novos editais para contratação de novas comunidades terapêuticas e corrigir os erros, precisando ainda correr contra o tempo, já que o viciado que aguarda por uma vaga não pode esperar muito por estar correndo risco de vida, e o estado se responsabiliza por isto.
    Eu pessoalmente conheço um caso em que a família está tentando de todas as formas internar um jovem que há muito tempo é viciado em Crack e não consegue por não existir vaga. O caso foi levado para a Justiça no Rio de Janeiro e o juiz determinou que o Estado cumprisse com sua obrigação de internar o jovem, aplicando multa diária em caso de não cumprimento da decisão e mesmo assim a decisão judicial não foi cumprida, em consequência disto o jovem continua usando Crack, colocando toda a família em perigo.
    O uso do Crack faz com que o indivíduo perca a noção da realidade, por isto é importante um tratamento imediato em uma clínica especializada, não se trata de casa de apoio sem  atendimento médico. A internação é a última opção, por isto que o Estado não pode ficar omisso, o governo tem que ter clínicas especializadas a curto prazo com programa de desintoxicação e bons profissionais, e não informar para uma família desesperada que procura ajuda que não tem vaga, como está acontecendo com a família do jovem.
    O governo de São Paulo vem tentando resolver a questão do usuário de Crack, até obrigando que o usuário seja internado sem a sua aprovação, que é a internação involuntária. Só que ocorre o mesmo problema, falta de vaga e de Clínica Especializada financiada pelo governo.

    As famílias que tem condições financeiras não procuram as clínicas do governo, encaminham logo de início o dependente para uma clínica particular, as menos abastadas ficam à espera de uma vaga que nunca se sabe quando vai sair, e isto é um problema  para toda uma sociedade.


    Dra Maria Marlinda. L. de Souza Tejo

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